
o medo da tua mão
me aperta o peito
são tantas palavras congestionadas
que a mente, em jorro
emudece a boca
na rua, jorra-se ódio
como quem reza um cântico
o pensamento de futuro
parece perder o sentido
sentido sentindo sentimento
ressentido sentido
sentido!
bate-se continência à valores
que serão empurrados
goela abaixo
os poucos, contrários
que se sufoquem
mas, em seus mínimos respiros
mesmo sob a mira de mãos em riste
há necessidade de sobrevivência
são sementes que crescem
em asfalto rachado